A EXCELÊNCIA NA GESTÃO DA SUA EMPRESA  (Primeira Parte)

 

Em 1991 foi criada a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ) para administrar o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ).

 

O Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), concedido pela FNQ, constitui o maior reconhecimento público a excelência da gestão das organizações com sede no Brasil.

 

Realizado anualmente, o ciclo de avaliação do Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), reconhece as organizações referências em excelência da gestão no Brasil. O processo visa estimular o desenvolvimento do País, promover a melhoria da qualidade da gestão e o aumento da competitividade das organizações.

 

No decorrer de suas edições o Prêmio Nacional da Qualidade já reconheceu e premiou como Excelentes diversas organizações.

 

O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) está alicerçado sobre um conjunto de conceitos fundamentais e estruturado em critérios e requisitos inerentes a Excelência em Gestão. Os Fundamentos da Excelência expressam esses conceitos reconhecidos internacionalmente e que são encontrados em organizações líderes de Classe Mundial. Além disso, o MEG® utiliza o conceito de aprendizado e melhoria contínua, de acordo com o ciclo de PDCL – Plan (planejar), Do (fazer), Check (verificar), Learn (aprender).

 

Para CONSEGUIR A EXCELÊNCIA NA GESTÃO DA SUA EMPRESA é preciso que os gestores se comprometam em buscar o aprimoramento de suas ações para o alcance máximo dos conceitos fundamentais da excelência em gestão.

 

Apresentaremos agora os 13 conceitos fundamentais da excelência em gestão das empresas brasileiras, sendo que dos 13 escolhemos, nesta primeira parte, 4 para fazermos um detalhamento maior do seu significado:

 

1- Pensamento sistêmico;

2- Atuação em rede;

3- Aprendizado organizacional;

4- Inovação;

5- Agilidade;

6- Liderança transformadora;

7- Olhar para o futuro;

8- Conhecimento sobre os clientes e mercados;

9- responsabilidade social;

10- Valorização das pessoas e da cultura;

11- Decisões fundamentadas;

12- Orientações por processos e;

13- Geração de valor.

 

3º – Aprendizado organizacional

 

A aprendizagem organizacional pode se dar para melhorar o conhecimento organizacional, para a criação de um novo conhecimento organizacional (inovação) e para a transferência do conhecimento aprendido para diversas áreas da organização.

 

A aprendizagem organizacional é um processo de formação de conhecimento e experiência que não deve ser quebrado. Todo o conhecimento de valor adquirido deve ser guardado pela organização.

 

Os empregados ou colaboradores não devem ser os proprietários das informações relevantes para a organização. Eles devem disseminar o conhecimento adquirido para a equipe ou time no qual pertencem.

 

Busca de maior eficácia e eficiência dos processos da organização e alcance de um novo patamar de competência, por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de conhecimento e experiências.

 

O aprendizado organizacional incentiva à experimentação utiliza o erro como instrumento pedagógico, dissemina suas melhores práticas, compartilha informação e conhecimento, desenvolve soluções e implementa melhorias e inovações de forma sustentada.

 

4º Inovação

 

Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas idéias capazes de gerar ganhos de competitividade com desenvolvimento sustentável.

 

Para permanecer competitiva a organização precisa gerar continuamente idéias originais e incorporá-las a seus processos, produtos, serviços e relacionamentos.

 

Os funcionários devem ser incentivados a inovar e muita vezes sendo provocados, sendo retirados de sua zona de conforto. E para liderar um projeto novo não basta escolher alguém qualificado e capaz, é preciso escolher alguém que tope o desafio e seja capaz de entregar o melhor resultado possível, inovando ao máximo.

 

É importante gerar uma cultura que incentive o desejo de fazer as coisas de maneira diferente, a capacidade de entender de forma simples questões complexas, a propensão ao risco e à tolerância ao erro bem intencionado.

 

O erro deve ser tolerado em até 30%, pois o excesso de pressão pode travar as pessoas, mesmo as mais criativas e inovadores, atente-se que esta tolerância ao erro pode se dar ao quesito inovação, ela não é a mesma para outros quesitos, por exemplo, no caso de um controlador de tráfego aéreo, seu erro deve ser 0% (zero %), pois o menor erro pode significar a queda de um avião.

A capacidade de interação com o ambiente externo, assim como as redes de relacionamentos formais e informais, são também fatores essenciais para a criatividade.

 

A inovação não se reduz à criação de produtos, serviços, processos ou tecnologias que rompem com a maneira convencional de fazer as coisas, mas considera também mudanças que podem ter impactos abrangentes e duradouros na organização.

 

Liderança transformadora

Gestão da empresa

Atuação dos líderes de forma inspiradora, exemplar, realizadora e com constância de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores, princípios e objetivos da organização, explorando as potencialidades das culturas presentes, preparando líderes e interagindo com as partes interessadas.

 

Os líderes devem atuar como mentores; precisam ter visão sistêmica e abrangente, ultrapassando as fronteiras da organização e as restrições do curto prazo; comportamento ético e habilidade de negociação; liderando pelo exemplo.

 

Os verdadeiros líderes não agem pela coação, dão exemplo de bons trabalhadores e influenciam cativando as pessoas e conquistando verdadeiros seguidores.

 

A liderança e a motivação andam juntas e são primordiais para o sucesso das organizações. Uma liderança forte e adequada influencia a motivação conduzindo a organização a ter melhores resultados.

 

Os gestores/administradores possuem um cargo de direção e devem decidir sobre processos, alocação de recursos, alocação de pessoal, etc. Já o líder é aquele que influencia, que se preocupa com aquilo que as coisas significam para as pessoas.

 

Os líderes são criativos e desafiam o status quo inspirando confiança e obtendo seguidores. São capazes de gerar um ambiente motivador intensificando o comprometimento e o entusiasmo dos empregados. Inspiram as pessoas a fazerem as coisas acontecerem.

 

A maior parte dos administradores exibe algumas habilidades de liderança, e a maior parte dos líderes ocasionalmente se vê administrando.

 

Nas redes formais, o líder deve estar apto a lidar com negociação, coordenação, supervisão e cobrança das atividades acordadas. Nas redes informais, entretanto, incumbe ao líder promover o conhecimento e os valores da organização como guia para as decisões e atividades das pessoas envolvidas.

 

Desenvolver habilidades para gerenciar a operação de redes é um requisito para o desempenho adequado da liderança

 

A construção de um relacionamento baseado no respeito e na confiança mútua pressupõe comportamento ético e transparente. Esses princípios se aplicam a todos os aspectos do relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas ou proprietários, órgãos do governo, sindicatos ou outras partes interessadas, e deve ser à base de um sistema de governança eficaz.

 

A ação da liderança deve conduzir ao estabelecimento e manutenção de relações de qualidade com todas as partes interessadas, de forma a obter seu comprometimento para concretizar a visão da organização.

 

 

10º Valorização das pessoas e da cultura

Gestão da empresa

 

A cultura organizacional é capaz de influenciar na liderança, na motivação, nos processos de trabalho e nos processos decisórios da organização. Assim como a liderança também é capaz de influenciar na cultura organizacional e na motivação, aumentando a produtividade.

 

Deve haver um maior diálogo entre Gestores e Subordinados.

 

O sucesso das organizações depende cada vez mais das oportunidades de aprendizado das pessoas que as integram e de um ambiente favorável ao desenvolvimento de suas potencialidades.

 

As principais características da cultura organizacional são o comportamento, a missão, a visão e os valores da organização, e os empregados trabalham dentro deste ambiente que foi criado. A maioria dos autores sobre o assunto relata que quando se faz necessária a mudança deste ambiente, ou seja, desta cultura, os líderes são os principais responsáveis por esta mudança. Devem mostrar confiança aos liderados e perceber como pode atenuar ou transformar a resistência às mudanças, que na maioria das vezes ocorre inconscientemente ou sob um prisma de informalidade.

 

Mudanças traumáticas, que objetivam resultados melhores de curto prazo acabam por gerar efeito contrário ao esperado, podendo causar um grande impacto negativo na motivação dos trabalhadores e consequentemente na produtividade dos mesmos. Então é muito importante a preparação, adaptação, liderança, motivação, participação dos servidores, no processo de mudança de cultura.

 

Criar uma cultura flexível e estimulante ao conhecimento, disseminar os valores e crenças da organização e assegurar um fluxo aberto e contínuo de informações são fundamentais para que as pessoas se auto-motivem e atuem com autonomia.

 

Para assegurar a motivação e comprometimento das pessoas mais talentosas, incumbidas de criar e disseminar o conhecimento dentro e fora da organização é necessário dar-lhes livre acesso às suas redes internas e externas de relacionamentos.

 

Este artigo foi dividido em 3 partes. Nas partes seguintes continuaremos explicando com mais detalhes os outros 9 conceitos fundamentais, restantes, da excelência em gestão das empresas brasileiras.

 

E já que você  está aqui, aproveite a oportunidade e leia a segunda parte deste tema, e aplique hoje mesmo estes conceitos no seu negócio, na sua empresa e na sua vida!

A EXCELÊNCIA NA GESTÃO DA SUA EMPRESA 2

 

Você também poderá saber mais sobre o O Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), diretamente no site http://www.fnq.org.br/, que é o site da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ), lá também sua empresa poderá ser inscrita para concorrer à premiação, depois que introduzir os conceitos fundamentais da excelência em gestão.

 

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Msc. Adriano Coêlho. Economista, Especialista em Gestão Pública, Mestre em Sistemas de Gestão, Fundador do Blog Mais Recursos.